“A palavra do Senhor veio a Jonas, filho de Amitai com esta ordem: “Vá depressa à grande cidade de Nínive e pregue contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presença”. (Jonas 1.1-2) Uma ordem clara, direta e objetiva. Deus ordena a Jonas que saia de sua zona de segurança, em Israel, vá até seus inimigos e pregue contra eles justamente naquilo que estavam errando. Simples não?

Nem tanto. O contexto histórico do livro de Jonas, nos mostra o quanto o Império Assírio, do qual Nínive era a capital, era cruel e praticava como forma de subsistência o saque, se apresentando como um dos povos mais cruéis da Antiguidade. Jonas é um patriota, quer defender seu país de uma ameaça real e decide fugir.

Este fato, no livro do profeta Jonas, nos confronta com duas realidades atuais. Duas formas de fuga que encontramos, tanto nos dias de Jonas como hoje. A primeira é o abandono puro e simples do que representa Deus em nossas vidas. Fugir da presença de Deus, abandonar tudo que possa nos ligar a Deus e fazer exatamente o oposto que representa os princípios de Deus em nossa vida. O que Jonas faz no capítulo primeiro de seu livro, temos outros exemplos na Bíblia, como o Filho Pródigo, que vai para uma terra distante e viver longe de Deus e de sua família. Jonas tenta fazer o mesmo quando tenta ir para Tarsis, região oposta ao caminho para Nínive.

A segunda forma de fuga de Deus, é apresentada no livro no capítulo três e quatro, onde Jonas obedece a ordem de Deus, porém, quer o juízo sobre a cidade, não demonstrando nenhuma misericórdia para com aquelas pessoas. Podemos comparar com os fariseus no tempo de Jesus, ou o irmão mais velho da parábola do Filho Pródigo, que não demonstra nenhum amor pelo que se perdeu e foi achado. Ambos demonstram a situação de Jonas relatada no livro. Hoje podemos ver isto acontecendo nas igrejas onde as pessoas estão na igreja, aparentemente seguem os princípios, mas demonstram uma falta de amor aos que não conhecem Jesus, ou aos que são de fora de seu círculo íntimo. Agem como o patriota Jonas, sem demonstrar graça aos outros, a mesma graça que os alcançou.

Nossa vida precisa expressar a graça de Deus que nos alcançou. Quando não fazemos estamos fugindo do que Deus nos ordenou que fizéssemos. O amor de Deus expresso na cruz deve ser nosso Norte no lidar com as pessoas que nos cercam. Um dos grandes problemas que enfrentamos hoje como igreja é que nos enclausuramos em uma redoma e nos esquecemos que também fomos alcançados pela graça que nos redimiu e que é desejo de Deus que esta mesma graça alcance outros.

“A FÉ É UMA CONFIANÇA VIVA E OUSADA NA GRAÇA DE DEUS, TÃO CERTA DO FAVOR DIVINO QUE, NELA CONFIANDO, SE ARRISCARIA À MORTE MIL VEZES. TAIS CONFIANÇA E CONHECIMENTO DA GRAÇA DE DEUS TORNAM A PESSOA FELIZ, ALEGRE E OUSADA EM SEU RELACIONAMENTO COM DEUS E COM TODAS AS CRIATURAS. O ESPÍRITO SANTO FAZ ISSO ACONTECER POR MEIO DA FÉ. POR CAUSA DELA DE MODO LIVRE, VOLUNTÁRIO E ALEGRE, VOCÊ FAZ O BEM A TODOS, SERVE A TODOS, SOFRE TODOS OS TIPOS DE COISAS, AMA E LOUVA AO DEUS QUE LHE MOSTROU TAMANHA GRAÇA.” LUTERO